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Crítica | Deadpool (2016)

Por: | 13:57 2 comentários

Deadpool é o filme de herói que precisávamos! Essa é a melhor maneira de começar essa crítica. Em tempos de fan service, remakes e reboots que nunca deveriam acontecer, ver um filme que é original do começo ao fim, sem perder a simplicidade em momento algum, é algo que deve ser louvado por todos os amantes do gênero. Inevitavelmente, algumas pessoas não gostarão do filme. Provavelmente pelos mesmos motivos que farão milhões amarem. Mas o importante é reconhecer que o surgimento de Deadpool, como o primeiro de uma dezena de filmes do gênero esse ano, acabou de tornar o trabalho dos outros BEM MAIS DIFÍCIL!

A crítica a seguir NÃO CONTÉM SPOILERS! Leiam tranquilamente!
Primeiro, uma sinopse: 
Ex-militar e mercenário, Wade Wilson (Ryan Reynolds) é diagnosticado com câncer em estado terminal, porém encontra uma possibilidade de cura em uma sinistra experiência científica. Recuperado, com poderes e um incomum senso de humor, ele torna-se Deadpool e busca vingança contra o homem que destruiu sua vida.


Desde os créditos iniciais ao som de "Angel of the Morning", você sabe exatamente onde ta entrando. O filme zomba de si mesmo em todas as chances que tem. E isso é revigorante. Mas os verdadeiros heróis do filme, como os créditos iniciais fazem questão de te lembrar, são os roteiristas. Paul Wernick e Rhett Reese escreveram um filme tão puro em conceito e, ao mesmo tempo, tão sujo em realidade que te oferece uma jornada que você nunca teve antes. Ele abraça o impossível e o cotidiano como se eles sempre tivessem que estar conectados. Não importa o que você vê na tela, vai parecer real (talvez não os efeitos do Colossus... mas você acostuma). 

As quebras da quarta parede são constantes. Você não está apenas assistindo o filme, você é parte dele. Um trabalho de imersão tão bem feito que eu fico grato por não terem convertido o filme para 3D. É bom ver que ainda há diretores dispostos a explorar os limites do formato antigo (mesmo que seja mais um motivo financeiro nesse caso). O diretor Tim Miller, apesar de iniciante, entrega um trabalho eficiente e que provavelmente abrirá grandes portas no futuro pela coragem.

Mas vamos falar da parte que todo mundo quer saber. Sim, é tão violento e irônico quanto a publicidade dele fez parecer. A classificação etária brasileira para 16 anos está totalmente correta. Mas, nesse universo caótico do Deadpool, a violência é quase algo natural. Vai surpreender na primeira sequência de ação... depois disso, é só parte do cotidiano. Pelo filme inteiro estar coberto de comédia, não há nada que deixe o clima sério demais, mesmo nos momentos mais pesados. Se mantém verdadeiro à sua essência 


Mas Deadpool não seria nada sem seu par de protagonistas. Duas pessoas que se entregaram por completo nessa insanidade e fizeram uma história de romance se destacar no meio de toda a ação e comédia que o filme entrega. Ryan Reynolds está incrível e pode finalmente fazer o filme de herói que sempre quis. Mas é a nossa brasileira Morena Baccarin que rouba o filme para si mesma. Em todas as cenas que está presente, ela transmite uma sensualidade gigantesca e, ao mesmo tempo, consegue ser inocente em diversas partes. Trabalho belíssimo de uma atriz que ta pronta pra sair do mundo da TV e explorar a grande tela da melhor maneira possível. 

O filme ainda conta com mais dois heróis. O Colosso e a "Negasonic Teenage Warhead" tem seus bons momentos como coadjuvantes e são relativamente importantes para a trama. Serve mais para lembrar o público de que X-Men e Deadpool, apesar de terem tons completamente diferentes, acontecem no mesmo universo. Se a ideia de uma união em um filme futuro funciona, só o tempo irá dizer. Mas espero que isso não signifique infantilizar o personagem, pois seria uma perda gigantesca. No momento, melhor continuar nos filmes solos onde o céu é o limite para o que pode ser mostrado. 

Os vilões, por outro lado, não oferecem o efeito que deveriam. Ajax e Angel Dust não concedem nem um pouco daquele carisma Marvel que muitas vezes faz o público trocar de lado. Não da pra se importar com esses personagens. Totalmente unidimensionais e não parecem ser uma ameaça real hora nenhuma. Estão lá para serem derrotados, e isso fica claro no momento em que aparecem. Mesmo assim, o ponto negativo para os vilões é compensado inteiramente pela atmosfera de zombaria. Deadpool não leva seus inimigos a sério. Nós, como público, só vamos no embalo!


Gostaria de concluir dizendo que é um filme feito para o cinema. Não perca a oportunidade de ver na grande tela. Em casa não será a mesma coisa. O filme se baseia em seu humor infalível, mas dá chance de cada um dos gêneros funcionar por si só durante a trama. Deadpool chega pra mostrar que o gênero tá vivo e começa o ano dos blockbusters com potência total. É amigável com quem já adora o personagem, mas ao mesmo tempo deverá ser fascinante pra quem não conhece. O filme não te força a gostar do personagem. Na verdade, seria compreensível até odiá-lo. Mas é inegavelmente divertido de assistir.

É difícil dizer isso para qualquer filme, mas esse merece todo o Hype que está tendo!

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WASTED TIME!

2 comentários: Deixe o seu comentário

  1. Respostas
    1. Valeu amigo :)
      Visite sempre. O site anda meio desatualizado, mas vamos voltar a postar críticas com uma frequência maior.
      Na página do facebook a gente posta sempre que sai algo novo:
      https://www.facebook.com/IsNotWastedTime

      Até mais :)

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