Review | Lost (Primeira Temporada)

HOLY FUCK, é assim que se faz boa série!!

E ai, pessoal! Mais um dia “perdendo tempo” e escrevendo sobre isso para vocês. Realmente espero que dessa vez vá pra frente e eu sempre encontre um tempo para recomendar (ou não) coisas novas para vocês! Fiquem ligados na PAGINA DO FACEBOOK para mais novidades. Mas hoje estou aqui pra falar de algo antigo, mas igualmente impactante: LOST – SEASON 1!

SEM SPOILERS AQUI! Se você nunca viu Lost, pode ler a vontade, pois eu sempre faço esses textos para indicar, assim como para comentar com quem já viu. Pode ser uma série antiga, mas imagino que nem todo mundo já assistiu (assim como eu estou começando agora) e não daria spoilers, da mesma maneira que não quero spoilers.

Secretamente (por medo de me contarem o final da série toda), no começo do mês, eu comecei a maratonar essa série que é por muitos considerada a melhor de todos os tempos. A série sempre me interessou, mas nunca pude parar para assistir de verdade.  Aproveitei que estava em dia com as atuais, e só com umas dezoito maratonas atrasadas, e comecei a série! Em alguns episódios, o frenesi era tanto que não dava para desgrudar o olho de cada cena exibida. 

A série começa logo após a queda de um avião nessa ilha misteriosa. O maior caos na praia, pessoas mortas, soterradas, perdidas, e nada parece estar certo. Com o tempo esses sobreviventes percebem que o resgate não tem noção nenhuma de onde eles estão, e começam a aprender a viver na ilha. É fantástico o quanto a série é realista nesse ponto. Mesmo com mais de 40 passageiros vivos, e a série não conseguindo focar em nem metade deles, ela da um jeito de fazer a ilha parecer lotada (muitas vezes claustrofóbica) o tempo todo, parecendo sempre mais complexa do que é superficialmente. Tenho certeza que vi figurantes diferentes no fim da série que não estavam lá no começo... nevermind.

Mas a genialidade da série está nos Flashbacks. Centenas e centenas de Flashbacks. Eu disse aqui no blog já que flashbacks são extremamente cansativos, pois não deixam a história progredir. Mas, nesse caso, o progresso da história depende diretamente desses flashs de fatos anteriores. Cada um deles é melhor que o anterior. Muitas vezes, essas cenas do passado tem mais ação que as cenas da ilha. Não vou mentir e dizer que não tiveram momentos onde a ferramenta me irritou, porque tiveram sim. Mas foram poucos, considerando a quantidade desses flashbacks que me intrigavam mais do que a trama principal. 

Vamos falar um pouco dos personagens e suas relações? YEP

O triângulo amoroso protagonista: Jack, Kate e Sawyer. Por mais que não exista tempo pra verdadeiro romance entre nenhum deles, a química ta presente em toda cena. Enquanto Jack e Sawyer se odeiam, Kate ta lá no meio decidindo ainda se deseja o lado seguro ou o lado aventureiro.  Por mais que Jack e Kate sejam a escolha obvia, eu sempre achei que o Sawyer combina muito mais com ela. Os dois tem um passado manchado de sangue, os dois parecem não se importar com nada ao redor deles, mas de alguma maneira eles se abrem um com o outro. Jack e Kate não é tão interessante assim. 

No meio dos casais problemáticos, temos Jin e Sun, um casal coreano que não fala inglês e por muito muito tempo só servem de backstory, mas vão se aproximando cada vez mais do elenco principal e, uma vez no lugar, eles se tornam indispensáveis pra série. Sem falar que eu sempre admiro quando personagens de lugares fora dos EUA não são forçados a falarem Inglês. Sinceramente, não estamos mais no século passado. Acho que todo mundo entende que diferentes países falam diferentes idiomas. Se eu ver um filme na Rússia e todos os personagens falarem inglês um com o outro, o filme perde metade do meu respeito na hora.

Mas definitivamente o melhor semi-casal da série é Claire e Charlie! Charlie sozinho já é o melhor personagem da temporada. Passa por diversos problemas o tempo todo que esta na ilha, e mesmo assim sempre é amigo de todo mundo que precisa dele. Acho que é o personagem que eu mais quero que permaneça vivo. E Claire é uma jovem grávida e tímida que encontra no Charlie alguém com quem conversar e alguém pra protegê-la (pelo menos tentar protegê-la). Os dois são perfeitos um pro outro. Brigam o tempo todo, mas juntos são muito melhores que separados. Em 90% das cenas, eles parecem ser só amigos, mas eu sei que tem algo ali esperando pra ganhar vida. 

Um personagem ainda merece um parágrafo só pra ele: John Locke. Ele parece simplesmente um cara normal, mas aos poucos você percebe que ele é o que mais tem segredos guardados, inclusive os motivos para a estranha devoção à ilha que ele demonstra. De qualquer jeito, não é bom desafiar ele, já que Locke parece ser o único que sabe exatamente o que ta fazendo. Bom caçador, bom conselheiro, e mesmo assim... confiar nele parece difícil.

Enfim, não vou falar de todos os personagens porque acho que boa parte da graça da série é conhecer essas pessoas aos poucos, assim como os passageiros do avião tiveram que fazer entre si para sobreviverem. Depender de dezenas de desconhecidos não é algo fácil, você não sabe em quem pode confiar, você não sabe com quem fazer amizades. Essas pessoas que, numa situação normal,  só iriam se ver uma vez na vida, de repente se tornam os responsáveis pela sua sobrevivência. É tão humano! E confesso que me incomodou um pouco quando a série parte pro místico, eu tava gostando da ideia de ser simplesmente relações humanas. Mas depois de um tempo,  o ritmo voltou e meu ânimo voltou junto.  Essa é uma das melhores SEASON 1 que eu já vi na vida. 

Se você nunca assistiu Lost na vida, não perca mais tempo e coloque ela na fila pra uma maratona em breve.  É considerada um marco na televisão americana por um bom motivo!! E se você já assistiu, espero que tenha gostado do texto e sentido um pouco de nostalgia. Um dia vai ser a minha nostalgia, mas no momento é o meu presente e futuro! Let’s see como isso termina.

Até a próxima!

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