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Crítica | Vestido pra Casar (2014)

Por: | 13:50 Deixe um comentário
Se você se lembra da época que as comédias nacional eram sinonimo de qualidade, pode começar a esquecer. Saturado de filmes iguais com os mesmos atores fazendo as mesmas piadas, o cinema nacional não vive a sua melhor época na comédia. Em compensação, os filmes sérios parecem estar finalmente ganhando seu lugar aqui. É uma boa troca, mas por que precisa ser uma troca? Qual é o problema em ter um cinema bom em todos os gêneros?

Em "Vestido Pra Casar", Leandro Hassum interpreta um cara trapalhão que tem que fazer tudo em seu poder para resolver tudo antes que sua noiva descubra o que ele ta aprontando. Praticamente um roteiro de filme pro Didi, mas é a mais nova aposta do cinema nacional. O filme pega pela falta de originalidade ao mostrar algo ja explorado por tantos outros filmes antes. Isso somado ao exagero dos atores a cada cena para fazer um filme caricato fazem o filme parecer um especial para a TV e não algo cinematográfico.
Com personagens mais superficiais do que piscina de criança, ninguém tem chance de brilhar quando a cada segundo mais um personagem aparece. Hassum é o tipo de ator que ja saturou sua presença ao máximo, e isso é péssimo pra sua imagem. Se você liga a TV, ele esta lá. Se você vai no cinema, tem dois filmes em exibição com ele. Anda na rua, ele passa pra te cumprimentar. Depois de um tempo, você começa a negar ver as coisas simplesmente porque um ator específico está nelas.

Não posso dizer aqui que nada funciona no filme. Eu dei risadas, e ainda é uma boa programação para uma tarde em família onde você simplesmente não se importa com o que vai assistir. Mas se quiser uma programação mais inteligente que não repita a mesma piada cem vezes na esperança de fazer você rir com todas elas, o filme não é esse.

O roteiro parece que foi escrito por uma criança que acha qualquer coisa engraçada. É a mesma coisa repetidamente por uma hora e meia. O roteirista parece que ta tão acostumado com tv que acha que cinema funciona a base de bordões, mas não funciona. Uma conversa de verdade, realista, pode ser mais engraçada e tocante do que "primo pode" e "cade os recibos" por dez horas seguidas (é o tempo que o filme parece que tem). 
Se você é fã incondicional do Leandro Hassum e riria até se o filme fosse a cara dele parada sem fazer nada por duas horas, então esse filme é pra você. Todos os trejeitos clássicos que ele repete em todo trabalho que faz estão aqui, mais repetitivos do que nunca. O filme é puramente não-original do momento em que começa até o fim, com alguns momentos bons no meio pra dizer que não é tudo em vão (confesso que toda a parte Mogi Mirim me fez dar muita risada, mas foram as únicas). 

Mês que vem tem O Candidato Honesto pra cansar você um pouco mais da cara do Hassum. Pelo menos a premissa do próximo é melhor do que a dessa postagem, mas nós sabemos que boas intenções não são suficientes pra fazer um bom filme.

Tem coisas melhores em exibição que valem seu ingresso. Se você não viu ainda, não recomendo que veja, pelo menos não no cinema. Espere um DVD que você possa pausar pra ir no banheiro de vez em quando e ta tudo certo. Se você ja viu, sinto muito não ter chegado em você a tempo. Mas quem sabe na próxima o/
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